Em qualquer país que tenda a ser civilizado no
mundo, antes de assumir qualquer cargo que requeira muita responsabilidade, o
candidato estuda, adquire conhecimento, faz várias tentativas com pessoas que
já passaram pelo mesmo cargo, dentre outras formas de se preparar.
No Brasil, acontece exatamente o contrário, antes de
qualquer coisa, o candidato quer saber o quanto ele receberá se ocupar tal
cargo, para depois analisar quais as atribuições que terá que desempenhar.
Isto acontece pois, desde cedo, quando ainda criança,
somos ensinados a estudar para passar na prova, a nos prepararmos para a
entrevista de emprego, a estudar para determinado cargo público, etc. Aqui, são
raras as exceções onde se estuda para adquirir conhecimento, para aprender,
para tornar-se um ser humano mais amplo. AQUI NÃO.
Assim, fica fácil entender porque a maioria das
pessoas odeia política, e não faz a menor ideia do que se passa no cenário
parlamentar. Podemos odiar matemática, mas somos obrigados a saber fazer as
contas básicas para, pelo menos, sabermos se a nossa remuneração está correta.
O mesmo deveria ser feito com política. Não é preciso que nos filiemos a algum
partido, é preciso que pelo menos saibamos o básico, quem são os candidatos,
quais as suas propostas, qual seu histórico de vida, quais de suas propostas
são realmente factíveis.
Dá trabalho? Sim. Mas a tabuada também não deu?
Ocorre que ser imparcial, pelo menos em um momento
como esse, é pura hipocrisia. Dizer que todo político é safado, ladrão, etc,
também em nada modifica a atual situação. Não ter uma opinião formada com quem
vai ser responsável pelos rumos da nação pelos próximos 4 anos não é
imparcialidade, é omissão.
Ainda que você odeie política, não importa, ela
sempre fará parte da sua vida, e não somente no período eleitoral, mas no bom
relacionamento com os vizinhos, no trabalho, no trânsito, etc. Política, segundo
a origem grega polis, nada mais é do
que a vida em comunidade e para a comunidade.
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