domingo, 22 de junho de 2014

A hipersensibilidade da sociedade atual.

Bullying, homofobia, discriminação racial, dentre outras, são práticas há muito indesejadas por qualquer sociedade minimamente razoável. Não é possível, ao menos imaginar, nos dias atuais algum cidadão que considere tais práticas pré-conceituosas aceitáveis.

Porém, ocorre que muitas destas práticas condenáveis alçaram-se a legislação pátria, tornado-se mandamentos legais obrigatórios, assim desvinculando-se totalmente do caráter pedagógico e/ou educacional.

É exatamente isto. Quando torna-se lei algo que deveria ser uma conduta comportamental normal, desliga-se totalmente este comportamento da educação, pois agora teremos de nos “comportamos” de determinada forma somente por medo da lei.

Neste ponto ocorre o maior problema de todos. E quando lidamos com pessoas que normalmente são tendentes a transgredirem as leis? A resposta é óbvia, e de nada adianta regular legalmente algo que deveria ser ensinado de forma clara e coerente com cunho educacional, comportamental e/ou pedagógico.

Assim sendo, já na infância aprende-se que não se deve desrespeitar pessoas diferentes da MAIORIA, explicando claramente as diferenças e o motivo delas. Simplesmente dizemos um dos chavões mais ignorantes que já se produziu: “SOMOS TODOS IGUAIS”. ERRADO, não somos todos iguais não, somos diferentes sim. O gay assim o é pois prefere se relacionar com pessoas do mesmo sexo; o negro difere-se do branco apenas pela pigmentação da derme, dentre outras.

Ou seja, se hoje criamos crianças que não aprendem a forma de certa de defender seus direitos (dialogando), é por que existem leis as quais ela pode ir correndo chamar a polícia, seus pais, etc. Crianças que se tornam adolescentes mimados que não sabem raciocinar e ter uma conversa minimamente razoável, pois cresceram acreditando que a todo momento podemos evocar alguma lei, e por mágica todas as pessoas que a fazem mal desaparecerão.

Adolescentes que se tornam adultos, sem qualquer tipo de sistema mental racional para a solução de problemas e tomada de decisões, e todos esses formando a imensa massa de manobra dirigida por uma classe política cada vez mais “PAI” de todos, que ao invés de ensinar seu povo a dirigir-se por si mesmo, cria leis cada vez mais estapafúrdias para problemas que poderiam ser resolvidos com 20 ou 30 minutos de diálogo.


Esta é a sensibilidade exacerbada ou a hipersensibilidade, iniciando-se na infância e propagando-se por toda a vida. É o retrato que temos hoje da sociedade.

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