Bullying, homofobia,
discriminação racial, dentre outras, são práticas há muito indesejadas por
qualquer sociedade minimamente razoável. Não é possível, ao menos imaginar, nos
dias atuais algum cidadão que considere tais práticas pré-conceituosas
aceitáveis.
Porém, ocorre que muitas destas práticas
condenáveis alçaram-se a legislação pátria, tornado-se mandamentos legais
obrigatórios, assim desvinculando-se totalmente do caráter pedagógico e/ou
educacional.
É exatamente isto. Quando torna-se lei algo que
deveria ser uma conduta comportamental normal, desliga-se totalmente este
comportamento da educação, pois agora teremos de nos “comportamos” de
determinada forma somente por medo da lei.
Neste ponto ocorre o maior problema de todos. E
quando lidamos com pessoas que normalmente são tendentes a transgredirem as
leis? A resposta é óbvia, e de nada adianta regular legalmente algo que deveria
ser ensinado de forma clara e coerente com cunho educacional, comportamental e/ou
pedagógico.
Assim sendo, já na infância aprende-se que não se
deve desrespeitar pessoas diferentes da MAIORIA, explicando claramente as
diferenças e o motivo delas. Simplesmente dizemos um dos chavões mais
ignorantes que já se produziu: “SOMOS TODOS IGUAIS”. ERRADO, não somos todos
iguais não, somos diferentes sim. O gay assim o é pois prefere se relacionar
com pessoas do mesmo sexo; o negro difere-se do branco apenas pela pigmentação
da derme, dentre outras.
Ou seja, se hoje criamos crianças que não aprendem
a forma de certa de defender seus direitos (dialogando), é por que existem leis
as quais ela pode ir correndo chamar a polícia, seus pais, etc. Crianças que se
tornam adolescentes mimados que não sabem raciocinar e ter uma conversa
minimamente razoável, pois cresceram acreditando que a todo momento podemos
evocar alguma lei, e por mágica todas as pessoas que a fazem mal desaparecerão.
Adolescentes que se tornam adultos, sem qualquer
tipo de sistema mental racional para a solução de problemas e tomada de
decisões, e todos esses formando a imensa massa de manobra dirigida por uma
classe política cada vez mais “PAI” de todos, que ao invés de ensinar seu povo
a dirigir-se por si mesmo, cria leis cada vez mais estapafúrdias para problemas
que poderiam ser resolvidos com 20 ou 30 minutos de diálogo.
Esta é a sensibilidade exacerbada ou a
hipersensibilidade, iniciando-se na infância e propagando-se por toda a vida. É
o retrato que temos hoje da sociedade.
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